A proposta desse trabalho prático era criar um objeto que proporcionasse, com o uso da eletrônica uma interatividade a partir do som, iluminação, sensações táteis entre outras características.
O resultado foi a criação de um "wind chime" feito de bambu, apresentando seu som natural, unido a uma iluminação delicada feita por LEDs de auto brilho azuis.
Na ponta de alguns dos bambus existiam LEDs que se acendiam ao tocar um bambu ao lado. Tudo isso foi permitido com o uso de Reed Switchs e imãs.
Além disso, foram usados também LDRs para que o nível de luz de alguns LEDs variasse.
Assim, um instrumento simplesmente sonoro ganhou iluminação e interatividade. O que antes só se ouvia, agora podia ser visto e interagido.
A partir da conectividade oferecida pelo museu através de intrumentos oferecidos no local ("caneta infrevermelha", fone de ouvido), o visitante tem como oportunidade única um passeio lúdico e participativo onde o tema principal é a origem e evolução da telecomunicação.
Constituído por significativas obras mundiais, o Inhotim é em si a inspiração e a beleza unidos a delicadeza de seus ambientes naturais.
Das mais variadas obras, encontradas a céu aberto ou no interior de galerias (10 no total), Promenade, localizada na Galeria Mata e feita por Dominique Gonzalez-Foerster, é um exemplo da emoção e reflexão que o passeio entre suas 4 paredes pode proporcionar.
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A experiência de caminhar na obra de arte é um tema há muito tempo presente na agenda dos artistas e em constante evolução. Desde a aproximação da pintura ao espaço urbano promovida pelo impressionismo, no final do século 19, até as obras da land art dos anos 1970, feitas diretamente na paisagem, a arte tem oferecido diversas maneiras de extrapolar a apreensão frontal, unilateral, passiva e ótica da obra. Promenade (2007) (em francês e em inglês, passeio) é uma obra de arte não material que propõe uma experiência de imersão e movimento para o espectador. Composta por várias caixas de som que emitem os ruídos de uma tempestade tropical, a obra revela-se no ato de caminhar pela sala de exposição, num passeio ao mesmo tempo cheio de sensações e radicalmente separado do exterior. A Gonzalez-Foerster, interessa noções como nomadismo cultural e tropicalização, encontradas nos elementos psicogeográficos do lugar. Em suas instalações, filmes e projetos multimídia, a artista trabalha com a percepção do espectador: 'O que importa é o que pode acontecer e não o que estava programado. Para isso, já precisamos partir de uma renúncia'."